A ingestão de proteínas e sua importante relação com a Sarcopenia

A Sarcopenia é o processo natural e progressivo de perda de massa muscular característico do envelhecimento. A força muscular atinge o vigor máximo antes dos 30 anos, desse momento em diante vai ocorrendo um declínio natural.

De acordo com dados da ONU, no ano 2000, cerca de 71 milhões de mulheres e homens ultrapassaram os 80 anos, número que, em 2030, atingirá 202 milhões, e chegará a 434 milhões em 2050 .O grupo que corre risco mais alto de sarcopenia incapacitante é o daqueles que enfrentam períodos longos de inatividade, causados por doenças debilitantes, consolidação de fraturas e hospitalizações. Há uma estimativa aproximada de que a imobilidade dos mais velhos em leito hospitalar provoque a perda de até 2% da massa muscular por dia. Ou seja, perda de 30% numa internação de apenas 15 dias.

Em 2013, uma revisão da literatura realizada pela European Geriatric Medicine Society demonstrou que a ingestão de proteína é fundamental para a manutenção dos músculos. A Sociedade recomenda que mulheres e homens saudáveis com mais de 65 anos aumentem o consumo.

Sob a ótica regulatória, há duas categorias de alimentos bastante relevantes em casos de sarcopenia, os alimentos enterais (módulos proteicos), utilizados na dieta de pacientes tanto via ingestão oral como por tubo, e os suplementos alimentares, que complementam a dieta de indivíduos saudáveis. Segundo Talita Andrade, engenheira de alimentos responsável pela área de Assuntos Regulatórios da FrieslandCampina Ingredients Latam, desde o novo marco regulatório de 2018, a ANVISA autoriza a comunicação ao consumidor sobre o efeito benéfico à saúde proveniente dos suplementos alimentares proteicos. Trata-se da alegação “As proteínas auxiliam na formação dos músculos e ossos.”, que não faz alusão à cura ou prevenção da sarcopenia, o que não é permitido pela legislação brasileira de alimentos, mas informa o benefício do consumo das proteínas, cuja ingestão contribui para reduzir o risco da doença. “É muito importante que o consumidor receba a informação correta via rotulagem e publicidade do alimento, a fim de que faça as escolhas alimentares adequadas às suas necessidades nutricionais e de saúde”, enfatiza Talita Andrade.

A recente legislação de suplementos também é clara quanto aos ingredientes permitidos para uso em suplementos alimentares, e a FrieslandCampina apresenta na lista da ANVISA proteínas de alta qualidade apropriadas para aplicação em diversas matrizes de alimentos. “A indústria deve estar atenta à necessidade da informação adequada pelo consumidor e às amplas possibilidades de desenvolvimento de produtos e uso de claims decorrentes do marco regulatório de 2018.”, destaca a especialista em Assuntos Regulatórios.

Consumir mais proteína geralmente significa consumir alimentos ou suplementos em
maiores volumes ou quantidades. As necessidades de proteína para pacientes e idosos frágeis são significativamente mais elevados do que dos de adultos saudáveis – quase o dobro em alguns casos. Ter ingestão suficiente de proteínas durante a doença, hospitalização e períodos de repouso prolongado na cama é vital. “Incorporar a quantidade necessária de proteína na dieta normal do paciente pode ser desafiadora, foi por isso que desenvolvemos Resana® Activating Protein, que em uma aplicacao compacta, oferece 19% de proteina Lactea de alta qualidade, com rápida liberação de aminoácidos em formatos convenientes, alem de possibilidade de adequacao em diversas categorias como nutricao enteral, suplemetos alimentares e inclusive alimentos convencionais enriquecidos com proteinas.”, explica Dana Jirousek, líder de vendas da FrieslandCampina Ingredients Latam.

No Brasil, a Pesquisa de Orçamentos Familiares POF 2017-2018 do IBGE revelou queda na frequência de consumo de alguns alimentos importantes para a adequada ingestão de proteínas pela população, tais como, leite integral (-50 p.p.), leite desnatado (-48 p.p.), bebidas lácteas (-29 p.p.) e iogurtes (-15 p.p.). Por outro lado, a pesquisa POF 2017-2018 identificou aumento da frequência de consumo de outras categorias de alimentos, por exemplo, pão integral (+100 p.p.), sanduíches (+ 58 p.p.), salgadinhos/chips (+ 38 p.p.) e chás (+ 20 p.p.). Tendo em vista tal mudança no comportamento alimentar do brasileiro, e que a alimentação adequada ao longo da vida proporciona o envelhecimento saudável, é importante que a indústria também se atente às oportunidades de desenvolvimento de alimentos fortificados e enriquecidos com proteínas. Para Talita Andrade, as informações da POF 2017-2018 devem ser exploradas pelos times de Inovação e P&D das indústrias. “Temos observado o crescimento de lançamentos no mercado de alimentos convencionais não tradicionalmente proteicos e que comunicam os claims Fonte ou Rico em proteínas, tais como bebidas, snacks e pães. Já temos estes desenvolvimentos prontos aqui na FrieslandCampina.”, conclui a engenheira de alimentos.

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